Diálogo com Paolo
Paolo, 8 anos, tinha caminhado, na companhia do Avô, voltando da ortodentista, sob um sol escaldante e muita poluição, por 1,5km. Chegou, no meu consultório cansado e com muito calor. Entrou na minha sala sentiu o ar refrigerado a 21ºc, abriu os braços, esticou o rosto para frente, deixando se envolver pelo alívio, que sentia, do calor escaldante, falou:
“Nossa Vó! Que sorte você tem: sua sala é linda, cheia de cores e a temperatura é deliciosa!”
Era visível o conforto que ele sentia, ali na minha frente. Fiquei emocionada, ao ouvir tão bem expressado o que ele estava vendo e sentindo. Mas também pensei na palavra sorte. E imediatamente, veio na minha memória, que, realmente, muitas oportunidades apareceram e ainda aparecem na minha frente. Mas proporcionar aquele prazer para o garoto não era só “sorte”. Então, respondi:
” Acho que não é só sorte…” Neste momento, ele interrompeu e disse:
” É trabalho, né Vó?”
De novo, emoção por ver a conclusão tão rápida dele. Então, relembrei por uns instantes como ele tem sido com suas tarefas escolares e seus pertences. Ele se preocupa com as lições de casa, estuda para as provas e é cuidadoso, como criança, com suas coisas. Na minha mente projetei aquele garoto magro e ágil para o futuro, e falei o que veio na minha imaginação:
” Você também poderá ter um lugar bonito e agradável para trabalhar. Porque você é esforçado e tem sido responsável com os seus deveres. Com certeza, o seu trabalho lhe dará este privilégio.”
Ele mais simpático do que normalmente é, olhou para mim, deu um lindo sorriso, e concordou com um tom indagativo: “É mesmo!?”
Eu estava presente e ouvi este dialógo tão lindo de neto com a avó !.
Eliel.
Verdade!
Que momento singelo e especial Ester!
Netos são bênção, avós são bênção ao quadrado.
bjs