Tenho experimentado na própria pele a desvalorização daqueles que estão por perto e ou daqueles que convivem comigo diariamente.
Outro dia numa conversa familiar onde tinha pessoas com vários graus de parentesco percebi o quanto é possível não ser reconhecido pelos mais próximos. Todos conversavam animadamente sobre um assunto altamente psicológico. Todos opinaram. Alguns com uma percepção adequada. Outros demonstravam ignorância total sobre o assunto. E eu estava ali, ao alcance da conversa, mas ninguém perguntou ou quis pelo menos saber minha opinião. E eu era a única com formação e prática clinica em psicologia. Ficou claro que minha opinião ou conhecimento não interessava muito. Pelo menos naquele momento. E, estou convencida, nestas situações o melhor a fazer é continuar calada.
Existem pessoas da minha família que consideram e respeitam meus conhecimentos e pratica quando o assunto é psicologia. Mas existem outros, até bem próximos que deletam toda e qualquer informação oriundas na minha pessoa.
Tenho pensado o que acontece para que esta realidade exista. Claro que me lembro de Cristo que também foi menosprezado é criticado por seus irmãos, parentes e vizinhos.
Na minha vida, percebo que alguns não me consideram porque estão mal resolvidos comigo. Chateados por alguma razão que, de verdade, nem sei o que é. E nada que tiver origem nos meus conhecimentos, serve. Outros preferem ouvir algum outro profissional que vai dizer a mesma coisa que eu, mas sendo outro, se sentem mais seguros e tranquilos em abrir o coração. E também percebi que alguns realmente não dão crédito ao conhecimento de quem está perto ou de quem tem algum vínculo de parentesco.
E o que fazer nestas situações? Nada. Absolutamente nada!
Para quem não quer ouvir, realmente, o melhor é não falar nada. Até porque tudo que for dito para quem rejeitou o saber do interlocutor, será ignorado ou jogado fora. E o saber é como uma pérola que só entregamos para quem cuidará com zelo e apreço, mesmo que não concorde.
Tudo que li a respeito a ti. Do seu testemunho por ter um conhecimento. Me identifiquei muito. Passei e passo por isso. Fico triste em saber que aqueles que estão mais próximos não torce e jao aceitam esse saber. Mas enfim como diz melhor não dizer nada. Não dei pérolas aos porcos.
Obrigada Luciia.
Super abraço.
esther carrenho