Fui criada na agricultura e participava das tarefas de cuidar das plantações, assim como caminhava e corra pelos campos. Nestas caminhadas sempre encontrávamos grandes pedras que pareciam estarem estacionadas há muito tempo num mesmo lugar. Sempre que podia, as vezes com a ajuda de algum irmão ou irmã eu gostava de virar as pedras. E ficava observando o tanto de insetos, minhocas e outros bichos que estavam alocados embaixo das pedras. Nunca vou me esquecer destas cenas.
Hoje, num atendimento em psicoterapia um homem me falou: “Eu coloquei muitas pedras em cima de muita coisa da minha vida, mas resolvi revirá-las. Quero ver tudo que está embaixo de cada uma delas.”
Penso que é isto que acontece com muitas pessoas. Vão colocando pedras em cimas das vivencias e experiencias desconfortáveis. E os bichos, de vários tipos, vão ficando embaixo. Lembro-me de uma vez que quando viramos a pedra, tinha uma cobra pequena, que segundo meu pai tinha um veneno mortífero!
Quanto mais revirarmos as pedras da própria história, mas livre ficaremos para construir novas rotas de vida!