“A maternidade cansa muito”. Falou uma mulher jovem de 30 anos, que estava cuidando da filha de 1 ano. Cuidar de uma criança de um ano é muito cansativo, mesmo. Mas dava para perceber que além do cansaço normal e legítimo que uma criança causa, havia naquele relato muito mais que apenas cansaço físico. “Como é este seu cansaço?” Perguntei e ouvi o relato. “É uma sensação de vazio. É como se algo faltasse em mim. Quando sento no chão para brincar com minha filha é como se eu não tivesse nada para oferecer e parece que tenho que dar o que não tenho”. Eu já conhecia a história desta mulher que vou chamar de Hanna. Ela era uma pessoa amorosa e escolheu conscientemente engravidar e queria cuidar bem da sua filha. E estava perplexa porque amaternar estava lhe trazendo muito sofrimento. Mas Hanna entendeu com rapidez que o sofrimento que esta sendo pesado não era o físico, que ela resolvia descansando enquanto uma ajudante cuidava da sua filhinha. Também não era o preço de ter escolhido abrir mão de algumas coisas na vida enquanto sua menina fosse pequena. O que estava insuportável era a dor das privações sofridas na sua história de vida.
Toda e qualquer criança precisa de cuidados, de proteção, de aconchego e de presença humana. Quando isto não acontece, por providência divina, a criança constrói, mesmo sem perceber, uma defesa, para sobreviver a privação. Hanna, tomou consciência de tudo isto e percebeu que a medida que amaternava sua filha, suas defesas desmoronavam e as dores pessoais das faltas que tivera, se descobriam. E além de serem insuportáveis, estas dores se apresentavam obscurecendo o prazer, que também tinha, em cuidar do seu rebento. Era este o cansaço que pesava demais. Entristecia e deprimia.
E agora, já adulta, só tinha um jeito. Hanna teria que amaternar a si mesma, cuidando tanto de si como da sua filha.
A medida que resolvemos nosso sofrimento decorrente das privações sofridas teremos mais recursos emocionais para cuidar adequadamente de nossos filhos.
Querida Esther, parabéns pelo maravilhoso texto! Deus te abençoe a cada dia! Beijo grande, Eliane
Abraço Eliane.
Excelente, Esther! Vou compartilhar, ok?
Bj
Fernanda
Oi Fernanda.
Obrigada por divulgar.
Abração.
Muito bom! Imagino como Hanna pode enxergar e aprender com sua ajuda, a cuidar de suas próprias carências!
Beijos
Saudades de você Eliana.
Abração.
Gostei muito Esther, tenho certeza que muitas pessoas vão se identificar com os seus textos!
Rose, obrigada pelo seu sempre apoio.
Abração.
Muito bom o texto Esther. Espero que você consiga ter tempo para alimentar o blog. abraços/
Eu também espero, Lenita! Estou me esforçando…
Abraço.