Inspirada na ideia de uma amiga, dividi um pouco da minha história em décadas
De 1947 a 1956
Sou a primeira de sete filhos. Nasci num casebre, onde só tinha um simples berço e poucos móveis. Fogão de lenha, água do rio, luz de lamparina e quase nenhum recurso. Minha mãe tinha dezesseis anos quando eu nasci, meu pai vinte e quatro anos. Nasci em casa,no campo. Como a parteira não chegava, meu pai ajudou minha mãe. E finalmente quando a parteira chegou, meu pai já tinha cortado meu umbigo e cauterizado o corte com uma colher em brasa, aquecida no fogo. E meu umbigo é bonitinho! rs
Durante a gravidez da minha mãe, meu pai tinha percebido que era amado por Deus e que crer em Cristo era a possibilidade de um novo jeito de caminhar na vida. Quebrou a sequência de nomes comuns que tinha na família, e resolveu dar a mim, um nome de rainha. Ester que era judia mas vivia no reino persa e foi ela que evitou o primeiro holocausto dos judeus. Mas, para minha alegria, o escrevente do cartório acrescentou um H no meu nome e fiquei ESTHER. E Gilberto Safra, conhecido psicanalista paulistano, viu e me mostrou que tenho o mesmo “THE” de Theos. Esta descoberta me marcou profundamente.
Minha mãe ajudava no trabalho agrícola e me carregava o tempo todo amarrada em suas costas, a moda da colônia japonesa, da qual éramos vizinhos. Acho que por isso não tenho dificuldades com cheiros humanos e gosto da proximidade com a pele do outro. Abraços me fazem bem!
Fui vacinada contra varíola. E só. Tomei remédio contra vermes, distribuído gratuitamente pelo governo. Os outros medicamentos e cuidados eram todos providenciados com chás, emplastos e escaldos.
As brincadeiras era pular corda, esconde-esconde e fazer bonecas de chuchu e de abobrinha.
Aos sete anos experimentei o que é ser perseguida e agredida na escola, onde eu e minha irmã éramos minoria. O bullyng se tornou tão grave e só cessou depois que meu pai passou a me levar e ame buscar todos os dias.
Aos oito anos fiquei um mês fora de casa, porque uma professora viu meus dentes cariados e quis me ajudar…e eu tinha que ir ao dentista todos os dias, mas eu fugi por uma semana…
Aos dez fui morar por um ano com meu avô para fazer o que é chamado hoje de quinto ano do fundamental I
Eu lia muito. Lia todos os pedações de jornais velhos. Lia a Bíblia e lia todas as histórias bíblicas com muito afinco e atenção. Amava!
Parabéns! Você é resiliente e soube honrar o nome que teu pai te deu e Deus confirmou!
Fui ajudada por muitos! Beiijo
Que história linda Esther. Saúde e vitalidade. Um abraço
Obrigada Loise. Beijo
Amei ler… continue irmã querida…
Oi Dinaura querida.
Preciso de mais tempo. Eu fui enganada, quando me disseram que depois dos sessenta a gente tem todo o tempo do mundo…Eu não tenho. 🙁
Obrigada pelo incentivo!
Beijo
Muito boa a história da primeira década de sua vida, inspirativa! Deus te abençoe e guarde, Nm 6.24. Bjs.
Obrigada e que assim seja Cida.
Abraço
Linda história… Só nos faz querer ler os próximos capítulos…
Só faltou dizer em que cidade e Estado você nasceu… bjs
A cidade é Marilia, Estado de São Paulo…
Beijo
Lendo essa parte de sua vida vejo pedaços de amor, no acalento de sua mãe quando bebê e na proteção demonstrada pelo seu pai ao buscá-la na escola. Lembrei, enquanto lia, da história contada por você, num grupo de oração, sobre os ossinhos de galinha, você deve se recordar; algo que muitos se interessariam em ouvir e refletir sobre. Toda sua história é muito significativa.
Tanto meu pai como minha mãe além de me darem a vida com DNA e tudo deram outras coisas boas também… Aprendi a perdoá-los naquilo em que falharam e sou grata pelas boas coisas que me deram! A história do osso fica para o livro.
Obrigada.
Beijo